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Scolari faz «mea-culpa»: «Não sou infalível»
Luiz Felipe Scolari assumiu hoje o «acto impensado»
de que foi protagonista no final da partida frente à Sérvia, por isso
dirigiu desculpas a todos os portugueses, assim como à FPF e à UEFA. No
entanto, o seleccionador Nacional fez «mea-culpa», lembrando que
Dragutinovic recebeu ordem de expulsão.
ASF
Numa declaração proferida na sede da Federação Portuguesa de Futebol
(FPF), sem direito a questões por parte dos jornalistas presentes, o
técnico brasileiro começou por dizer que o jogo com a Sérvia «foi
infeliz para todos». «Começou pelo árbitro, passou pela falta de ‘fair
play’ e, depois, por mim próprio», disse, antes de recordar o episódio
protagonizado com o defesa da Sérvia: «Saí em protecção do meu jogador
[Ricardo Quaresma], pois estava a ser pressionado por dois adversários.
Apenas protegi o meu atleta, conforme é comum em todos os lados por
onde trabalhei.»
«Peço desculpa aos adeptos, aos jogadores e a todo o povo português em
geral. Tive uma reacção a algo que também sofri da parte do adversário.
Peço também desculpa à Federação por estar a por o seu nome numa
situação difícil, além de dirigir o mesmo pedido à UEFA», referiu,
salientado estar «preparado para as consequências do acto impensado».
Scolari não deixou, no entanto, de apontar várias vezes que o seu acto
se tratou de uma reacção, até porque... «Entendo perfeitamente palavras
em espanhol [Dragutinovic é sérvio mas joga no Sevilha] dirigidas à
minha família, assim como também sei o que é um ‘tapa’ na minha mão.
Por isso, a minha reacção, totalmente errada, é de uma pessoa racional
e normal.»
«Não sou infalível. Todas as pessoas, em determinados momentos, erram.
Assumo que perdi-me naquela altura, mas foi a proteger o meu atleta.
Por isso, acho que não errei, mas sei que foi um gesto que não pode
acontecer», prosseguiu, mostrando-se esperançado de que «tanto a
Federação como a UEFA saberão diferenciar aquilo que é uma provocação
dentro da minha área técnica, pois o adversário foi expulso após aquele
momento.»
Para finalizar, o reforço do pedido de desculpas: «Visto a camisola,
estou de coração com Portugal, por isso, se tive uma atitude que não
condiz com o País, peço desculpas a todos.»