HistóriaTudo tem início com uma greve deflagrada em Chicago no dia
1º de
maio de 1886. Indústrias da Europa e dos Estados Unidos no final do
século 18 e durante o século 19 pagavam baixos salários e provocavam a
deterioração da saúde física e mental dos trabalhadores com jornadas de trabalho
que chegavam a 17 horas diárias. Não havia férias, descanso semanal e
aposentadoria.
Greves explodiam por todo o mundo industrializado. Em Chicago os
trabalhadores eram liderados por duas importantes organizações que dirigiam as
manifestações em todo o país: a AFL - Federação Americana de Trabalho e a
Knights of Labor - Cavaleiros do Trabalho.
No dia 3, permanecendo a greve iniciada havia dois dias, a policia disparou
contra um grupo de operários diante da fábrica McCormick Harvester, matando 6 e
ferindo 50. Centenas foram presos. Dia 4, ao final de uma manifestação, um grupo
de policiais atacou os manifestantes, espancando-os e pisoteando-os. Centenas de
pessoas morreram.
Foram levados a julgamento os líderes do movimento, August Spies, Sam
Fieldem, Oscar Neeb, Adolph Fischer, Michel Shwab, Louis Lingg e Georg Engel. A
sentença foi lida dia 9 de outubro - Engel, Fischer, Lingg, Spies foram
condenados à morte na forca; Fieldem e Schwab, à prisão perpétua, e Neeb, a 15
anos de prisão.
Quase seis anos depois dessa “batalha” em Chicago, no Congresso da Segunda
Internacional em Bruxelas, de
16 a 23 de setembro de 1891, foi
aprovada resolução que tornava o 1º de maio um dia comemorativo de trabalhadores
no mundo todo, durante o qual eles deveriam manifestar suas reivindicações.
ComemoraçõesNo Brasil, a primeira celebração da data de que se tem registro ocorreu em
Santos, em 1895, por iniciativa do Centro Socialista, mas a data só foi
consolidada em 1925, quando o presidente Artur Bernardes baixou um decreto
instituindo o 1º de maio como feriado nacional.
No governo de Getúlio Vargas 1º de maio era a data em que eram anunciadas as
principais leis e iniciativas que atendiam a reivindicações dos trabalhadores:
- instituição e, depois, o reajuste anual do salário mínimo;
- redução de jornada de trabalho para 8 horas;
- criação do Ministério do Trabalho;
- promoção de uma política conjunta dos sindicatos ao Estado;
- regulamentação do trabalho da mulher e do menor;
- promulgação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), garantindo o direito
a férias e aposentadoria.
A Constituição de 1988 instituiu as férias remuneradas, o 13º salário, multa
de 40% do saldo do FGTS por rompimento de contrato de trabalho, licença
maternidade.
As primeiras comemorações do
Dia do Trabalho nos Estados Unidos eram
celebradas pelos
sindicatos trabalhistas e apesar de existirem certas
especulações sobre quem teria sido o idealizador, a maioria dos historiadores
credita a Peter McGuire, secretário geral da Fraternidade dos Carpinteiros e
Marceneiros e co-fundador da Federação Americana do Trabalho, a idéia original
de um dia dedicado a que os trabalhadores mostrassem sua solidariedade.
O presidente
Grover Cleveland assinou uma lei que designava a primeira
segunda-feira do mês de setembro como o Feriado Nacional do Dia do Trabalho.
Esse fato é interessante, pois Cleveland não era um defensor dos sindicatos
trabalhistas. Na verdade, ele estava tentando reparar alguns danos políticos que
sofrera anteriormente, ao enviar tropas federais para acabar com uma greve da
American Railway Union (Sindicato das Ferrovias dos EUA) na Pullman Co., em
Chicago, Illinois. Essa ação resultou na morte de 34 trabalhadores.
Você sabia? Em alguns países o Dia do Trabalho é comemorado em outras datas: Estados Unidos - primeira segunda-feira de setembro Austrália Ocidental - 4 de março Austrália Meridional - 7 de outubro Espanha - 18 de julho |