Cristiano Ronaldo sente-se "a sétima maravilha do mundo"
TIAGO SILVA PIRES
NUNO FOX (imagem) Estilo desportivo, vestindo um
blazer cor-de-rosa,
T-shirt branca, calça de ganga, boné preto
CR 7na cabeça e ténis pretos, e um sorriso rasgado no rosto, que alternou,
ainda que por raros momentos, com um certo nervoso miudinho, próprio de
um jovem de apenas 22 anos que já é, no entanto, uma mega estrela do
futebol.
Cristiano Ronaldo foi a figura central, ontem ao final da tarde, em Lisboa, na apresentação do livro autobiográfico
Momentos,
publicação da autoria de Manuela Brandão, assinada em parceria com o
atleta, que retrata alguns dos períodos mais marcantes da ainda curta
carreira do internacional português que joga no Manchester United, de
Inglaterra.
Elementos da imprensa estrangeira, raparigas de tenra idade que
apontavam os telemóveis na direcção do craque, em busca de uma
recordação e sem perderem a esperança de obter o tão ambicionado
autógrafo, Luiz Felipe Scolari, seleccionador de Portugal, Laurentino
Dias, secretário de Estado da Juventude e do Desporto e, também, o seu
empresário, Jorge Mendes. Carlos Pereira, presidente do Marítimo, foi
outro dos que marcaram presença.
'A Sétima Maravilha'
Em dia de cerimónia das Novas 7 Maravilhas do Mundo, em Lisboa, no
Estádio da Luz, Cristiano Ronaldo mostrou ser uma pessoa confiante e
portador de uma auto-estima sã. "Se me sinto a Oitava Maravilha do
Mundo? Não, não me sinto a Oitava Maravilha do Mundo. Gosto do sete e,
por isso, sinto-me a Sétima Maravilha do Mundo", afirmou, denotando uma
boa disposição evidente.
Família esteve ausente
Apesar de não ter a seu lado a mãe, Maria Dolores, e os irmãos, Ronaldo
fez-se acompanhar de pessoas que o apoiam incondicionalmente e
expressou um desejo, quando lhe perguntaram se gostaria de ver, dentro
de alguns anos, futuras histórias sobre as suas proezas no futebol
contadas num novo livro.
"Uma enciclopédia aos 40? Porque não? Espero fazer mais livros",
atirou, sem hesitar, o dono da camisola sete de um dos clubes mais
ricos do Mundo.
Foram pouco mais de 20 minutos de elogios permanentes e de um "assédio" saudável, com perguntas, olhares focados e disparos de
flashes ao extremo madeirense, que cresceu enquanto futebolista nas camadas de formação do Sporting.
Mudou de roupa para a Luz
Após ter chegado ao hotel, em Lisboa, às 18.50, numa carrinha
Mercedescom vidros fumados, eram 19.10 quando Cristiano Ronaldo abandonou o
referido local no mesmo veículo em direcção ao Estádio da Luz, para
participar na cerimónia das Sete Maravilhas do Mundo.
Mais formal e sem o
blazer,
o médio-ofensivo e internacional português, que não dispensou os
brincos, o relógio e ainda os óculos escuros - já não os tinha
pendurados ao peito à saída do hotel -, exibia uma camisa branca,
vestia calças pretas e calçava uns sapatos igualmente pretos.|