Diana 1
Número de Mensagens : 591 Idade : 42 Localisation : londres Data de inscrição : 14/05/2007
| Assunto: História 2007-07-28, 14:39 | |
| Antigos registos históricos cartográficos já localizavam a Madeira no sec. XIV, com certa precisão geográfica, o que faz supor o seu conhecimento não ser alheio a navegantes dessa época. Parece mesmo que já os árabes a conheciam e a haviam integrado com o nome de «djazirat al ghannam» (ilha dos carneiros), na sua rota marítima ao longo da costa africana, provavelmente como interposto de "refrescos" para a sua navegação. Por outro lado, a invocação lendária faz parte, também duma espécie de mito das origens da sua descoberta. A lenda romântica, de origem inglesa, que considera a descoberta acidental da Madeira por Roberto Machim e Ana de Arfet, remonta, de igual modo, ao sec. XIV. Foram, porém, os portugueses que realmente encontraram ou descobriram a Madeira no verdadeiro sentido da palavra. Esse facto ficou-se devendo aos navegantes portugueses João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz, escudeiros da casa do Infante D. Henrique, o grande impulsionador da primeira fase das descobertas marítimas dos portugueses. Em 1419, chegaram ao Porto Santo e, no ano seguinte, em 1420, cabe a vez à ilha da Madeira, tendo os navegantes chegado a Machico na véspera (1 de Julho) da Visitação de Santa Isabel do referido ano e desembarcado no dia seguinte, dia em que foi dita a primeira missa por dois padres franciscanos. O povoamento da Madeira teve início já antes de 1425. E, para que o povoamento conjugado com a administração tivesse eficácia em terras novas e despovoadas, aplicou-se pela primeira vez nas terras descobertas pelos portugueses, a divisão dos territórios insulares em três capitanias administrativas. Assim a ilha da Madeira foi dividida em duas capitanias distintas. Ao capitão Gonçalves Zarco coube a maior arte da área sul da Madeira, com sede no Funchal e Tristão Vaz ficou com o restante território com sede em Machico. A ilha do Porto Santo, terceira capitania, ficou sob a direcção de Bartolomeu Perestrelo, companheiro dos dois primeiros navegantes quando da segunda viagem ao Arquipélago da Madeira. | |
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