Pinto da Costa passa de arguido a acusado !!
Morgado acusa Pinto da Costa
alfredo cunha
Presidente do F. C. Porto responde pelo crime de corrupção desportiva
Jorge Nuno Pinto da Costa foi acusado pelo Ministério Público por crime de corrupção desportiva, no âmbito do jogo F. C. Porto-Estrela da Amadora, disputado a 24 de Janeiro de 2004. A par do presidente portista, também o empresário António Araújo e o árbitro Jacinto Paixão vão responder por alegados ilícitos de corrupção desportiva, activa e passiva. Os dois árbitros assistentes José Chilrito, Manuel Quadrado e o dirigente azul e branco Reinaldo Teles completam o rol de seis acusados pela equipa do processo Apito Dourado liderada pela procuradora Maria José Morgado - que, com base num depoimento de Carolina Salgado, a ex-companheira de Pinto da Costa, reabriu este inquérito inicialmente arquivado pelo DIAP do Porto, em Abril de 2006.
Em causa neste processo estão pretensos serviços de sexo prestados por prostitutas ao trio de arbitragem da partida vencida pelo F. C. Porto por 2-0. A noitada, no Hotel Meridien, no Porto, terá sido combinada via telemóvel entre Jacinto Paixão e o empresário António Araújo, na tarde do jogo.
De seguida, Araújo liga a Pinto da Costa (que tinha o telemóvel sob escuta) e pergunta se pode mandar a "fruta" para o "JP". Os dois interlocutores falam depois em código sobre "café" e "café com leite", naquilo que foi interpretado pela PJ como uma alusão à cor das meninas - uma negra, outra mulata e uma caucasiana. Interrogado sobre estes factos, Pinto da Costa contrapôs que JP não era Jacinto Paixão, mas sim Joaquim Pinheiro, irmão de Reinaldo Teles.
O DIAP arquivara o caso por não conseguir estabelecer "nexo de causalidade" entre as ofertas de serviços sexuais e um jantar com uma eventual actuação fraudulenta no jogo. Por outro lado, surgiram contradições na interpretação da conversa em código. Contradições que só seriam aparentemente desmontadas com o depoimento de Carolina, que referiu ter assistido a conversas também em código sobre contratação de meninas e falou ainda em pagamentos em dinheiro. Tal foi o suficiente para a reabertura do inquérito, que deu agora em acusação a cargo de Maria José Morgado.
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