Pinto da Costa garantiu, no Tribunal Cível do Porto, que não esteve presente nas reuniões de negociação da venda dos terrenos do demolido Estádio das Antas ao Grupo Amorim.
"Nunca participei em qualquer reunião sobre isto", afirmou Pinto da Costa na segunda sessão do julgamento de um processo movido ao clube pela família Jaime Santos, que pretende reaver pelo preço que vendeu as parcelas da Quinta do Salgueiral, com uma área total de cerca de 5.500 metros quadrados, cedidas em 1956 e 1968 ao FC Porto para instalações desportivas anexas ao Estádio das Antas.
Pinto da Costa confirmou que, após o PPA, o FC Porto vendeu os terrenos do Estádio das Antas e zona envolvente à imobiliária do Grupo Amorim por "16 milhões a 20 milhões de contos" (80 milhões a 100 milhões de euros), sublinhando que "se calhar daqui a 20 anos valerão mais do dobro".
O presidente do FC Porto garantiu também desconhecer que os terrenos onde foi construído o Estádio das Antas, entre 1949 e 1952, tinham sido expropriados pelo clube, igualmente à família Jaime Santos. "Ignoro. Nunca ouvi falar nisso", frisou.
Disse, contudo, que participou em todas as assembleias-gerais do FC Porto desde os seus 18 anos, pelo que teve conhecimento de "pressões" para que o estádio do FC Porto que viria a substituir o Campo da Constituição fosse construído na zona das Antas e não na Fonte da Moura.