O treinador português José Rachão, há quatro meses no Al-Arabi, clube de futebol do Kuwait, diz-se perfeitamente "adaptado e integrado" ao país, apesar de reconhecer algumas dificuldades devido à "diferente cultura".
Semifinalista da Emir Cup - uma das três mais importantes competições do país -, depois do triunfo com o Setúbal na Taça de Portugal em 2004/05, o treinador admitiu esperar uma vitória de Portugal, hoje, no particular frente à selecção do Kuwait, composta quase só por jogadores do Al-Salmyiah. "Ganhámos ao Al-Salmyiah, por 2-1, nos quartos-de-final da Emir Cup. O futebol aqui no Kuwait é diferente do nosso. Em Portugal somos mais evoluídos tecnicamente, apesar de aqui haver excelentes jogadores", explicou o treinador. José Rachão admitiu que, em princípio, ficará mais uma época no Kuwait e desvalorizou as altas temperaturas que se sentem no país, normalmente acima dos 40 graus "À hora do jogo (21 horas locais, 19 horas em Portugal) já não estará tanto calor".
No entanto, o treinador luso disse estar convencido de que o seleccionador de Portugal, Luiz Felipe Scolari, irá avisar os jogadores para a necessidade de hidratação durante a partida, até porque Felipão já esteve vários anos no Kuwait, como seleccionador e treinador do Al-Qadsar. Esperançado na possibilidade de realizar com o Al-Arabi um estágio em Portugal, José Rachão explicou, por fim, que a carreira internacional dos treinadores portugueses e ainda as prestações da selecção tornaram possível o ingresso de vários técnicos no Médio Oriente.
"Hoje, o mercado é mais aberto. Sinto saudades de Portugal, mas também estou bem aqui. Não penso em trazer jogadores portugueses, pelo menos para já, apesar da necessidade de reforço da equipa. Apenas posso contratar dois estrangeiros, são essas as regras", concluiu José Rachão.