Ingredientes:
Para 4 a 6 pessoas
500 g de farinha de milho branco ;
2,5 litros de água ;
2 colheres de sopa de manteiga ou de banha ;
sal
Confecção:
Desfaz-se a farinha de milho recentemente moído num pouco de água fria.
Leva-se a água ao lume com a manteiga ou a banha e tempera-se com sal. Assim que a água ferver junta-se-lhe o milho e deixa-se cozer mexendo de vez em quando, no início e sem parar, quando o milho começar a espessar.
Quando o milho se apresentar bem cozido e seco deita-se num tabuleiro ou em pratos passados por água fria. Alisa-se a superfície e deixa-se solidificar.
Este milho serve-se geralmente como acompanhamento de pratos de peixe ou de carne substituindo as batatas ou o arroz.
Variantes: Junta-se à água um ramo de tomilho (na Madeira dão-lhe o nome de segurelha).
Também há quem junte à água um dente de alho esmagado.
Para temperar, coze-se juntamente com o milho um pedaço de toucinho, que se retira antes de empratar o milho; neste caso não se junta qualquer outra gordura.
Enquanto o milho coze, podem retirar-se pequenas porções que se temperam com manteiga e açúcar, leite e eventualmente canela; preparado assim, constitui uma agradável goluseima para as crianças.
Antigamente, no campo, os mais pobres comiam o milho apenas com rodelas de cebola. Na Madeira, a farinha de milho é apenas designada por «milho».
O milho constitui uma das bases da alimentação madeirense e a sua falta só pode ser comparada no continente à falta simultânea de arroz, pão e batatas.
Ao contrário do que se possa pensar, o milho que se come na Madeira não é aqui cultivado. Apenas uma pequena quantidade é produzida no arquipélago, sendo afamados os milhos das freguesias de Santana e São Jorge.
A variedade utilizada é o milho branco, pois o amarelo fermenta com mais facilidade, sendo apenas consumido na alimentação dos animais. Para evitar a fermentação, o milho é moído à medida das necessidades, pois os Madeirenses são exigentíssimos na qualidade e frescura deste cereal.